Estações de biodiversidade

Estação de Biodiversidade V6

Pinhal Bravo em Regime Ajardinado, Sobreiro, Pinheiro manso, Piôrro, Lentisco, Tojo

Esta estação de biodiversidade é localizada numa zona de povoamento de pinheiro bravo (Pinus pinaster), que em algumas zonas é um povoamento puro, e noutras é um povoamento misto com sobreiro e pinheiro manso de regeneração natural.

O pinheiro bravo, espécie muito abundante no Sesimbra Natura Park, permite a produção de madeira para a execução de paletes, móveis e aglomerados, A exploração da madeira é realizada no regime ajardinado.

Esta estação de biodiversidade permite-nos observar os matos característicos das zonas de pinhal bravo, com a presença abundante do tojo, do lentisco bastado, do halimium e do piôrro (juniperus navicularis). Este último, é um zimbro, endémico da costa sudoeste de Portugal, sendo extremamente raro, podendo-se observar nas zonas arenosas da faixa entre Vila Franca de Xira e Grândola, sendo bastante abundante no Sesimbra Natura Park. Na zona oeste do Parque existe um exemplar monumental e único com uma dimensão superior a 8 metros de altura, num arbusto que normalmente não ultrapassa um metro de altura.

O pinheiro bravo, espécie muito abundante no Sesimbra Natura Park, permite a produção de madeira para a execução de paletes, móveis e aglomerados,

A exploração da madeira é realizada no regime ajardinado. Neste tipo de regime de exploração as zonas de pinheiro bravo, são divididas em talhões, realizando-se o corte dos pinheiros mais velhos, tortos, demasiado próximos ou doentes num único talhão por ano. O corte vai sendo realizado anualmente em cada talhão, voltando-se ao primeiro talhão após se ter realizado o corte na totalidade dos talhões.

Assim, este sistema permite retirar anualmente a madeira proveniente do crescimento do pinhal, garantindo a sua regeneração natural, a limpeza do mato e a poda dos pinheiros mais pequenos de forma a estes se desenvolverem com uma quantidade mínima de nós e o mais direitos possível garantindo assim boas pranchas de madeira. Este sistema permite a manutenção sempre do coberto vegetal, facto que não é possível no sistema de corte raso onde o pinheiro é semeado por talhões, sendo o talhão cortado a 100% ao fim de 30 anos quando o pinheiro atinge a sua fase adulta.

Após o corte a madeira é stockada para transporte e os sobrantes (ramagens e caruma) é amontoada sendo transformada em estilha. Este é transportada para fábricas para a execução de pellets ou para fábricas onde é utilizada para a produção de energia eléctrica.