Estação de Biodiversidade C3
Corredor Ecológico da ribeira da Brava (Nascente) - Sobreiral
Esta estação de biodiversidade é localizada no troço inicial da ribeira da Brava, que apenas tem água nas alturas de maior pluviosidade.
Estamos numa zona com muita abundância de sobreiros e alguns pinheiros mansos.
Nas zonas de vale, o nível freático encontra-se mais próximo, facilitando o acesso das raízes à água. Assim espécies como o sobreiro e o carvalho cerquinho desenvolvem-se mais facilmente nestas áreas.
A ribeira da Brava está canalizada para uma pequena charca que permite a existência de um ponto de água temporário que serve de bebedouro para a fauna e para a propagação de anfíbios. A descarga desta charca é realizada para uma pequena vala que é o leito da Ribeira neste ponto.
Toda esta zona florestal encontra-se a ser reconvertida de forma a dinamizar a presença do sobreiro, do pinheiro manso e do carvalho cerquinho (presente no percurso um pouco mais à frente), diminuindo a densidade do pinheiro bravo que foi eliminado das zonas baixas de forma a permitir o desenvolvimento dos sobreiros e a criação de alguns espaços abertos.
Estação de Biodiversidade C3
Requalificação dos Aroais
Esta zona de estadia, resulta da recuperação das nascentes da Ribeira da Brava, ribeira essa que , após se juntar com a ribeira da Pateira, forma a Ribeira da Apostiça (atravessada pela EN378) que desagua na Lagoa de Albufeira. Tanto a Ribeira da Apostiça como a Ribeira da Brava encontram-se no eixo do sinclinal de Albufeira, isto é na zona onde os sedimentos da Península de setúbal resultantes da acção do Rio Tejo e do mar são mais profundos,
Esta zona era um antigo arrozal que esteve activo durante o século XiX e na primeira metade do século XX, tendo esta cultura sido abandonada, dada a pequena expressão. Os sedimentos foram-se acumulando ao longo dos anos, restando apenas neste século três nascentes (uma das quais permanente), e uma pequena vala, onde, na altura de maior pluviosidade corria alguma água durante cerca de 300 metros. A zona era toda alagada ao ponto de, no Inverno, não ser possível o acesso de pessoal e máquinas.
Durante 2017 e 2018, procedeu-se à modelação de um conjunto de charcas que descarregam em cascata de forma a criar um plano de água de pouca profundidade, ideal para a reprodução de anfíbios. A pouca profundidade e a abundância de vegetação sub-aquática faz com que esta zona seja ideal para patos, galinhas de água, garças e diversos tipos de passeriformes.
A execução das charcas e a plantação das margens permitiu criar uma zona de estadia muito agradável, tanto por baixo dos pinheiros mansos centenários como junto às charcas. É possível observar sempre um grande conjunto de aves, insectos e anfíbios